O número de pessoas em Portugal sem médico de família aumentou em 8.113, totalizando mais de 1,5 milhões de utentes sem acompanhamento médico atribuído. Este crescimento deve-se principalmente ao aumento do número de inscritos nos cuidados de saúde primários, que subiu em 25.255 pessoas apenas no último mês.
As regiões mais afetadas são Lisboa e Vale do Tejo, com mais de 1 milhão de utentes sem médico de família, representando quase 28% do total da região. Destacam-se unidades como a ULS Estuário do Tejo, onde quase metade dos utentes não tem médico atribuído, e a ULS Amadora-Sintra, com o maior número absoluto de pessoas sem médico, 179.451.
A escassez de médicos de família agrava o problema. Apesar da abertura de novas vagas, apenas 231 dos 389 médicos recém-formados optaram por integrar o Serviço Nacional de Saúde, o que deixa muitos utentes sem acompanhamento médico.
Esta situação evidencia a necessidade urgente de reforçar a oferta de médicos de família para garantir o acesso adequado aos cuidados de saúde primários.