As taxas Euribor voltaram a subir em setembro, pelo segundo mês consecutivo, refletindo a convicção dos analistas de que o Banco Central Europeu (BCE) dificilmente voltará a cortar os juros de referência.
Com esta evolução, os contratos de crédito à habitação indexados à Euribor a 3 meses e revistos em outubro vão sentir um aumento na prestação mensal ao banco — algo que não acontecia há cerca de dois anos. Já os créditos associados às Euribor a 6 e 12 meses, apesar de também estarem em fase de subida há três meses, ainda vão beneficiar de descidas, devido à comparação com valores mais altos registados anteriormente.
Atualmente, a taxa de depósito do BCE está nos 2%, nível que a instituição considera suficiente para garantir a estabilidade dos preços sem comprometer a economia. A inflação na Zona Euro mantém-se nesse mesmo patamar há três meses, e as previsões de crescimento económico para 2025 foram revistas em alta para 1,2%.
Segundo uma sondagem da Reuters, quase 60% dos economistas acreditam que o BCE manterá as taxas nos 2% até ao final do ano. Uma ligeira maioria dos inquiridos prevê ainda que esse valor se prolongue, pelo menos, até 2026.