Washington pressiona Telavive e avisa que a guerra em Gaza ameaça inviabilizar o resgate dos reféns; Trump impõe pausa imediata nos ataques, mas Netanyahu resiste.Os Estados Unidos lançaram o mais duro aviso a Israel desde o início da ofensiva em Gaza: os bombardeamentos têm de cessar se o governo israelita quiser garantir a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas. A mensagem partiu do antigo e agora influente líder republicano Donald Trump, reforçada pelo secretário de Estado Marco Rubio, que afirmou que “não pode haver libertação possível enquanto caem bombas”.
A administração norte-americana, apoiada por aliados europeus, tenta viabilizar um plano de paz urgente que prevê a libertação de todos os reféns — vivos ou mortos — no prazo máximo de 72 horas após um cessar-fogo formal. Em troca, Israel teria garantias de segurança e início de negociações sobre o futuro político e humanitário de Gaza.
Mas Telavive hesita. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu insiste que nenhum acordo será implementado antes de todos os reféns estarem de volta, recusando reconhecer uma “trégua” como condição prévia. Mesmo após os apelos da Casa Branca, os bombardeamentos continuaram durante o fim de semana, atingindo alvos próximos de Khan Yunis e Rafah.
Enquanto isso, Hamas confirmou ter aceite parcial do plano norte-americano, comprometendo-se com a libertação dos reféns e uma transição política limitada, mas sem se pronunciar sobre o desarmamento — ponto essencial exigido por Israel.
A tensão cresce num momento em que a comunidade internacional multiplica apelos por contenção, e as agências humanitárias alertam para “risco iminente de colapso total” em Gaza.
Trump, agora a figura dominante na diplomacia de crise, foi direto:
> “Israel precisa parar agora. Não se pode negociar liberdade de reféns sob chuva de mísseis.”
Mas em Jerusalém, a resposta de Netanyahu foi igualmente firme:
> “Os reféns são a nossa prioridade. Só depois disso haverá pausa — não antes.”
Com as posições endurecidas e a pressão norte-americana a crescer, a próxima semana pode definir se o conflito entra numa nova fase de diplomacia… ou numa escalada ainda mais perigosa.