Os trabalhadores da higiene urbana da Câmara Municipal de Lisboa (CML) realizaram uma vigília [ou protesto] para alertar para a precariedade das condições de segurança nos veículos de recolha de lixo, afirmando que "não se sentem seguros" no desempenho das suas funções.A iniciativa de protesto surge na sequência de um recente acidente que envolveu dois camiões de recolha de lixo da autarquia, um incidente que veio reacender as preocupações antigas sobre a manutenção das viaturas e as condições laborais no setor.
Os sindicatos e os funcionários apontam que a frota de veículos está envelhecida e apresenta deficiências que colocam diariamente em risco a vida dos trabalhadores. As queixas não se limitam apenas à manutenção, mas também às próprias condições de trabalho, como a necessidade de os cantoneiros (trabalhadores que acompanham o camião) seguirem em pé nos estribos, uma prática que aumenta significativamente o risco de acidentes, nomeadamente quedas e atropelamentos.
As reivindicações dos trabalhadores da CML têm sido constantes, abrangendo a necessidade de renovação urgente da frota, a garantia de que as viaturas cumprem todos os requisitos de segurança e uma maior fiscalização das condições de trabalho para mitigar os riscos de acidentes de trabalho, que alegadamente têm sido frequentes.
Em resposta, a Câmara Municipal de Lisboa tem sido instada a dar respostas concretas e imediatas às preocupações levantadas, que vão além do acidente específico e refletem uma degradação generalizada da higiene urbana, a qual é agravada pela falta de pessoal e pela alta taxa de inoperacionalidade dos equipamentos essenciais.