Uma mulher grávida, com 38 semanas de gestação, perdeu a vida na noite de quinta-feira no Hospital Amadora-Sintra, em Lisboa, num caso chocante que levanta sérias questões sobre o atendimento prestado.A vítima, uma cidadã guineense de 37 anos, tinha recorrido ao hospital durante a tarde devido a um pico de hipertensão. No entanto, apesar do quadro de risco, foi enviada para casa com apenas uma consulta agendada para mais tarde.
A situação precipitou-se de forma dramática: poucas horas depois, a grávida deu entrada de urgência novamente no Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), com um novo e grave episódio de hipertensão.
O parto foi realizado de emergência. O bebé nasceu e encontra-se em estado crítico, lutando pela sobrevivência. Infelizmente, após o procedimento e já de regresso à urgência, a mãe voltou a sentir-se mal e acabou por falecer por volta das 2:00 da madrugada.
Contexto Político Agrava a Situação
Esta tragédia ocorre num momento de intensa turbulência e críticas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e à atual Ministra da Saúde, Ana Paula Martins. A notícia surge apenas um dia depois de o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa ter condenado a constante instabilidade e a mudança de políticas no setor da saúde. O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, também se pronunciou, desafiando o Primeiro-Ministro a demitir a ministra por alegada falta de autoridade política.
O hospital, contactado pela CNN Portugal, ainda não forneceu detalhes oficiais sobre o sucedido. O corpo da mulher permanece na unidade hospitalar enquanto se aguardam mais informações.