O setor da distribuição de imprensa em Portugal enfrenta uma crise profunda que poderá ter consequências dramáticas para a informação nacional. Fontes do setor alertam para a possibilidade de metade do território nacional ficar sem acesso a jornais e revistas a partir de janeiro, devido a problemas logísticos e financeiros na cadeia de distribuição.Esta ameaça de paralisação da venda de periódicos surge no contexto de uma reestruturação ou falência iminente de operadores logísticos chave. A dependência de um sistema de distribuição centralizado e as dificuldades em assegurar a rentabilidade do serviço, especialmente nas áreas com menor densidade populacional, estão a criar um cenário de rutura sem precedentes.

A concretização deste alerta significa que milhares de pontos de venda – incluindo quiosques, papelarias e pequenos retalhistas – em vastas regiões do país poderão não receber, ou receber com graves atrasos, os seus habituais fornecimentos de publicações.

As consequências desta potencial falha vão além da perda de receitas para as editoras e retalhistas; representam um sério risco para a acessibilidade à informação e para o pluralismo mediático. O setor apela a uma intervenção urgente para garantir a continuidade de um serviço que é fundamental para a vida democrática e cultural do país.