António José Seguro voltou hoje a pedir ao Governo que retire a proposta de legislação laboral, defendendo o regresso à concertação social para alcançar estabilidade e paz social. O candidato presidencial considera que o pacote apresentado “fere um princípio democrático”, por não ter sido apresentado aos eleitores durante a campanha e por não ter obtido consenso entre parceiros sociais.
Seguro questiona a “oportunidade e necessidade” da proposta, afirmando que esta não contribui para uma economia mais competitiva nem responde a desafios fundamentais, como a desigualdade salarial entre homens e mulheres ou a saída de jovens para o estrangeiro. Pelo contrário, alerta que a nova lei “divide os portugueses numa altura em que é urgente unir o país”.
À saída de uma visita ao presidente da Câmara Municipal de Viseu, João Azevedo, o candidato sublinhou que Portugal precisa de “crescimento económico, competitividade e estabilidade”, insistindo que o Governo tem a responsabilidade de promover condições para a paz social.
Seguro reafirmou que quer ser um Presidente da República “exigente com governos e partidos”, capaz de mobilizar o país e devolver esperança aos portugueses. Defendeu ainda uma cultura de diálogo e compromissos, criticando “braços de ferro” que, no seu entender, bloqueiam o progresso.
Com milhares de famílias a viver com dificuldades, António José Seguro sublinhou que o país precisa de melhores salários e de soluções concretas para combater a pobreza. “É tempo de deixar as politiquices e concentrarmo-nos no essencial: melhorar a vida dos portugueses”, concluiu.
Agência Lusa