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Doentes Urgentes Enfrentam Quase 12 Horas de Espera nas Urgências
Publicado em 13/12/2025 08:30
Nacional

O Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca (HFF) registou na manhã de sexta-feira tempos de espera dramáticos, com utentes classificados como "urgentes" (pulseira amarela) a aguardarem mais de 11 horas pela primeira observação médica. A situação coloca a unidade no centro da crise do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A crise nas urgências hospitalares atingiu hoje um pico alarmante no Hospital Amadora-Sintra, em Lisboa. Segundo os dados oficiais do portal do SNS consultados esta manhã (cerca das 08:40), os doentes triados com pulseira amarela (considerados urgentes, cujo tempo máximo de espera recomendado é de 60 minutos) enfrentavam uma espera de 11 horas e 41 minutos para serem vistos pela equipa médica.

A situação não melhorava significativamente para os casos de menor gravidade: 10 doentes com pulseira verde (pouco urgentes) tinham de esperar 11 horas e 29 minutos. Apenas os casos muito urgentes (pulseira laranja) registavam tempos de espera dentro do limite recomendado, aguardando 42 minutos.

O cenário no Hospital Amadora-Sintra sublinha a dimensão do problema, que já havia sido classificado pelo diretor-executivo do SNS como a "principal dificuldade" de todo o Serviço Nacional de Saúde.

O Contraste nas Urgências da Grande Lisboa

Os dados da manhã de sexta-feira revelam um forte contraste entre o Amadora-Sintra e outras unidades da Área Metropolitana de Lisboa:

Hospital de Santa Maria: Espera de 1 hora e 10 minutos para doentes urgentes.

Hospital São José: Tempo de espera de apenas 23 minutos para pulseiras amarelas.

Hospital Garcia de Orta (Almada): Uma hora de espera para os doentes urgentes.

Hospitais do Norte (Porto): Unidades como São João e Santo António registavam esperas muito curtas, de 17 e 30 minutos, respetivamente.

A Direção Executiva do SNS confirmou estar a lidar com um aumento de procura que levou cinco Unidades Locais de Saúde (ULS) a decretarem o nível máximo de contingência, envolvendo a suspensão de atividade programada para canalizar recursos para a doença aguda. As autoridades de saúde voltam a apelar aos cidadãos para que liguem para o SNS24 (808242424) antes de se dirigirem ao hospital, de forma a aliviar a pressão nas urgências.

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