María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, confirmou o apoio do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, numa conferência de imprensa em Oslo, após uma dramática fuga marítima da Venezuela que pôs fim a mais de um ano de clandestinidade. A ativista chegou à capital norueguesa para celebrar o seu Prémio Nobel da Paz, desafiando abertamente o regime de Nicolás Maduro.A viagem secreta de María Corina Machado terminou na Noruega, onde a vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2025 emergiu do anonimato. Após ter estado escondida em território venezuelano por cerca de 16 meses, a líder opositora revelou os pormenores da sua arriscada saída do país, que terá sido realizada por via marítima e sob o mais estrito sigilo.

Durante uma conferência de imprensa emotiva, Machado quebrou o silêncio sobre o apoio internacional que recebeu. Ao agradecer efusivamente pelo auxílio que tornou a sua fuga possível, a política venezuelana fez questão de mencionar diretamente o ex-presidente americano, Donald Trump, que, segundo ela, desempenhou um papel crucial.

"A minha presença aqui hoje deve-se em grande parte à coragem e à solidariedade de muitos, mas quero expressar a minha profunda gratidão ao Presidente Donald Trump pelo apoio incondicional que nos permitiu concretizar esta operação e vir receber esta homenagem que pertence a todos os venezuelanos", declarou Machado.

A operação de fuga, que culminou com a sua chegada a Oslo (apesar de ter perdido a cerimónia oficial do Nobel), é vista como um novo e significativo revés para o regime de Maduro, que tentou isolar e silenciar a líder opositora através de uma proibição de viajar e de ameaças de prisão.

María Corina Machado garantiu que, apesar de estar agora em segurança, usará esta plataforma global para intensificar a pressão internacional e reiterou a sua intenção de regressar à Venezuela o mais rapidamente possível para continuar a luta pela democracia.