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REN alerta: "Risco zero" não existe e sistema elétrico continua vulnerável a novos colapsos
Publicado em 18/12/2025 06:00
Nacional
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Em audição parlamentar, o presidente da REN, Rodrigo Costa, admitiu que não pode garantir a imunidade do país a futuros apagões. O foco da estratégia nacional deve passar da prevenção absoluta para a capacidade de recuperação rápida perante incidentes.Na sequência do grande apagão ibérico de abril de 2025, a liderança da REN foi hoje ao Parlamento explicar o estado da rede. A mensagem principal foi de realismo: o sistema é robusto, mas está sujeito a variáveis impossíveis de controlar totalmente.

Os pontos essenciais da notícia:

Impossibilidade de Garantias: A REN afirma que, por muito que se invista em segurança, fatores como desastres naturais, ciberataques ou falhas técnicas imprevisíveis podem voltar a deitar abaixo o sistema elétrico.

Foco na Recuperação: Rodrigo Costa defendeu que a prioridade deve ser o "foco na recuperação". Ou seja, em vez de se tentar evitar o inevitável, o país deve estar treinado para repor a eletricidade o mais depressa possível após uma falha grave.

Coordenação Nacional: Para que essa recuperação seja eficaz, a REN apela a uma colaboração estreita que envolva não só o operador da rede, mas também o Exército, a Polícia, os serviços de emergência e as operadoras de telecomunicações.

Contexto Técnico: A REN explicou que a transição para energias renováveis e a dependência das interligações com Espanha (que opera com níveis de tensão diferentes dos de Portugal) criam novos desafios de estabilidade que não existiam no passado.

Em suma, a REN admite que o sistema elétrico vive num novo paradigma de risco e que a resiliência do país será testada pela sua capacidade de reagir ao colapso, e não apenas pela sua capacidade de o evitar.

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