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Tensão no Aeroporto de Lisboa: Polícia denuncia "coação" das chefias para impedir protesto nas fronteiras
Publicado em 19/12/2025 07:00
Nacional
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O clima de revolta entre os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) destacados para o controlo de fronteiras no Aeroporto Humberto Delgado atingiu hoje um novo pico. Durante a manhã, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) denunciou que vários agentes foram alvo de ameaças com processos disciplinares por parte das chefias, numa tentativa de impedir a sua participação num plenário de protesto agendado entre as 07:00 e as 11:00.O braço-de-ferro surge num momento crítico, marcado por filas intermináveis e o acumular de centenas de malas devido aos atrasos no controlo de passaportes. Os sindicatos acusam o Governo de transformar a PSP numa "polícia low-cost" desde que esta assumiu as funções do antigo SEF, alegando que o acordo assinado em julho de 2024 não está a ser cumprido.

Paulo Santos, líder da ASPP, rejeita que a culpa do caos aeroportuário seja dos operacionais, apontando antes para uma gestão deficiente do espaço e falta de boxes de atendimento. Em resposta à crise, o Ministério da Administração Interna anunciou o envio de um reforço de 80 agentes para os próximos 15 dias, mas a estrutura sindical questiona a eficácia da medida, afirmando que "não há espaço físico" para acolher mais polícias nos postos de controlo. O sindicato mantém a posição de rutura nas negociações com o Executivo, prometendo novos protestos se as deficiências nas divisões de segurança aérea não forem resolvidas.

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