O candidato presidencial Luís Marques Mendes criticou este domingo, em Alenquer, alguns dos seus adversários por recorrerem a insinuações, ataques pessoais e denúncias anónimas numa fase decisiva da corrida às eleições presidenciais.

Em declarações aos jornalistas, Marques Mendes afirmou que candidatos como João Cotrim de Figueiredo, Gouveia e Melo e André Ventura têm optado por uma estratégia de ataque em vez do confronto de ideias. “Passam a vida a fazer insinuações e ataques pessoais à minha candidatura. Acho isso feio”, disse, acrescentando que não é ingénuo quanto às motivações. “Fazem-no porque estou em alta nas sondagens e porque sou o único que, segundo essas sondagens, ganha a todos na segunda volta.”

O candidato considerou particularmente grave o surgimento de uma denúncia anónima dirigida ao Ministério Público a apenas 30 dias das eleições, sublinhando que a própria justiça a classificou como sem fundamento. Para Marques Mendes, este episódio ultrapassa os limites aceitáveis do debate democrático. “Isto é calúnia e é inaceitável numa democracia”, afirmou.

Defendendo uma campanha “de nível elevado”, o candidato apelou ao debate de ideias e rejeitou ataques pessoais. Sustentou ainda que o escrutínio é um dever de todos os candidatos presidenciais, explicando que foi por essa razão que decidiu divulgar voluntariamente a lista de clientes da empresa que teve, apesar de não ser obrigado por lei. “Quem não deve, não teme”, afirmou, garantindo que após a campanha irá também divulgar os financiadores.

Sobre a eventualidade de uma segunda volta nas eleições presidenciais de 18 de janeiro, Marques Mendes mostrou-se satisfeito com os dados das sondagens, mas recusou qualquer triunfalismo. “Muita humildade e respeito. A decisão soberana é dos portugueses”, disse, afastando apelos ao voto útil.

As declarações foram feitas durante uma visita ao Mercado de Natal de Alenquer, onde o candidato esteve acompanhado por militantes da distrital do PSD/Oeste.

 Fonte: Lusa/imagemmaquesmendes