MENU
Seguro soa o alarme: “sem equilíbrio político, a constituição pode ficar em risco”
Publicado em 21/12/2025 20:05 • Atualizado 21/12/2025 20:10
Nacional
Festival

O candidato presidencial António José Seguro alertou este domingo, em Ermesinde, no concelho de Valongo, para o que considera ser um grave desequilíbrio político em Portugal, avisando que esse cenário pode abrir caminho a alterações profundas à Constituição promovidas pela direita.

Apresentando-se como um garante do sistema democrático, Seguro afirmou querer ser “o presidente de todos os portugueses” e assumir um papel de equilíbrio institucional. Defendeu uma Presidência da República leal à Constituição e capaz de travar excessos num sistema político que, segundo disse, está “demasiado inclinado para um dos campos”, ao ponto de esse mesmo campo poder decidir sozinho matérias estruturais, incluindo revisões constitucionais.

No final de um encontro com jovens no Fórum Cultural de Ermesinde, o candidato apoiado pelo PS sublinhou que esse risco é real, apontando como exemplo recentes decisões parlamentares em áreas sensíveis, como a lei da imigração e a lei da nacionalidade, aprovadas com acordos concentrados no mesmo espaço político.

“O país precisa de equilíbrio e o único candidato que pode garantir esse equilíbrio sou eu”, afirmou, deixando um apelo direto a democratas, progressistas e humanistas para reforçarem a sua candidatura.

Seguro destacou ainda o papel central dos jovens, com quem diz querer formar uma verdadeira “coligação para o futuro”, baseada numa nova cultura política assente no planeamento a médio e longo prazo e na melhoria efetiva das condições de vida das novas gerações.

Durante a apresentação da “Agenda para um futuro seguro”, jovens participantes levantaram preocupações relacionadas com a pressão laboral, o acesso à habitação, as dificuldades das pessoas com mobilidade reduzida e a violência doméstica.

Chamado ao palco, António José Seguro criticou a forma como o país responde a estes problemas, acusando o sistema político de dar “respostas segmentadas” que perdem a visão do todo. Classificou a violência doméstica como uma “grande indignidade” e denunciou as persistentes desigualdades entre homens e mulheres, tanto em matéria salarial como no acesso ao emprego.

O candidato condenou práticas discriminatórias, como perguntas sobre intenções de gravidez em entrevistas de trabalho, considerando-as “inaceitáveis”. Para Seguro, um país verdadeiramente coeso não se mede apenas pelo território ou pela economia, mas também pela igualdade efetiva entre mulheres e homens, sublinhando que esta é uma luta que Portugal ainda não venceu.

Fonte Lusa imagem josesegurofacebook

Comentários