Os Estados Unidos anunciaram esta segunda-feira que chegaram a um princípio de entendimento com a China para garantir a continuidade do TikTok no país. O anúncio foi feito pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que confirmou que o presidente Donald Trump deverá falar na sexta-feira com o homólogo chinês, Xi Jinping, para concluir o acordo.

Segundo Bessent, Trump desempenhou um papel decisivo nas negociações. “Sem a sua liderança, não teríamos conseguido avançar”, afirmou em Madrid, onde decorreu uma ronda de conversações entre diplomatas norte-americanos e chineses.

Embora não tenha sido oficialmente confirmado, espera-se que o grupo comprador do TikTok nos EUA seja liderado por Larry Ellison, presidente executivo da Oracle e aliado político de Trump. A empresa já mantém uma relação com a aplicação, desde que começou a alojar os dados do TikTok em 2020.

O acordo procura responder às preocupações de segurança nacional norte-americanas, ao mesmo tempo que garante à China um “ambiente justo” para investir, sublinhou Bessent. “Queremos criar condições equitativas, mas a segurança nacional vem em primeiro lugar”, acrescentou.

A incerteza sobre o futuro do TikTok nos EUA arrasta-se desde o primeiro mandato de Trump. Um projeto de lei aprovado durante a presidência de Joe Biden chegou a proibir a aplicação, salvo se a empresa-mãe chinesa, ByteDance, alienasse os seus ativos no mercado americano.

O TikTok conta atualmente com cerca de 170 milhões de utilizadores nos Estados Unidos, em grande parte jovens, segmento que foi crucial na vitória eleitoral de Trump em 2024. O desfecho das negociações poderá abrir caminho a um aguardado encontro entre Trump e Xi Jinping, previsto para a viagem do presidente norte-americano à Ásia no final de outubro.