A Polónia e aliados da NATO mobilizaram aeronaves e sistemas de defesa aérea na manhã deste sábado, depois de a Rússia ter lançado um ataque aéreo de grande escala contra a Ucrânia, incluindo regiões próximas da fronteira ocidental polaca.
Segundo a Força Aérea ucraniana, Moscovo utilizou 579 drones de ataque, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro, numa ofensiva que atingiu várias regiões do país. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os ataques não têm justificação militar, mas visam aterrorizar civis e destruir infraestruturas, resultando na morte de oito pessoas e ferimentos em pelo menos 32 nas últimas 24 horas.
Horas antes, a NATO interceptou três caças russos MiG-31 que violaram o espaço aéreo da Estónia, num episódio que Tallinn classificou como “descarado e sem precedentes”. Caças F-35 italianos, suecos e finlandeses participaram na resposta, enquanto a Rússia negou qualquer violação, alegando cumprimento das regras internacionais.
O exército polaco confirmou que duplas de caças e sistemas de defesa aérea entraram em prontidão máxima devido à atividade da aviação russa. Nos últimos dias, drones russos também violaram o espaço aéreo da Polónia e Roménia, levando a NATO a reforçar a vigilância no flanco oriental do bloco.
Os ataques ocorrem num contexto de estagnação do processo de paz, com Zelensky a procurar garantias de segurança de longo prazo para a Ucrânia. O presidente ucraniano encontra-se em preparação para uma reunião na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, onde se reunirá com o presidente dos Estados Unidos para discutir futuras garantias de proteção.