Portugal registou no 2.º trimestre de 2025 a maior subida de preços das casas de toda a União Europeia, com um aumento médio de 17,2% face ao mesmo período do ano anterior. Este crescimento coloca o país à frente de mercados tradicionalmente aquecidos, refletindo uma pressão crescente no setor imobiliário.
Especialistas apontam vários fatores para esta escalada: a procura continua muito elevada, especialmente nas grandes cidades como Lisboa e Porto, a escassez de oferta habitacional mantém os preços em alta e o investimento estrangeiro continua a impulsionar o mercado. Além disso, as taxas de juro relativamente baixas têm incentivado a compra, mesmo com custos de financiamento crescentes em outros países.
O impacto para os portugueses é imediato: a acessibilidade à habitação diminui, os preços das rendas sobem e muitas famílias veem-se pressionadas a procurar alternativas fora dos grandes centros urbanos. Analistas alertam ainda para o risco de bolha em algumas áreas, caso a oferta não consiga acompanhar a procura.
Enquanto a Europa enfrenta subidas mais moderadas, Portugal mostra-se como um mercado em ebulição, com consequências significativas para quem procura comprar ou arrendar casa.