Luís Montenegro defende "imigração regulada" como chave para a competitividade económica europeia e avisa que a ilegalidade terá como consequência o regresso á origemO Primeiro-ministro português, Luís Montenegro, defendeu ontem, à margem da Cimeira dos países do Sul da União Europeia (MED9), uma linha de ação clara e rigorosa para a gestão dos fluxos migratórios no bloco europeu.
Montenegro foi perentório ao afirmar que os imigrantes que se encontram em situação ilegal na UE devem ser encaminhados para o retorno aos seus países de origem, sublinhando que esta medida é fundamental para a eficácia das políticas migratórias europeias.
"Precisamos de mão de obra, mas só é possível alocarmos bons recursos humanos se tivermos uma imigração regulada", declarou o chefe do Governo português, reforçando que o controlo das fronteiras e a distinção entre a imigração legal e a ilegal são essenciais para uma integração bem-sucedida e para a competitividade económica da Europa.
A posição do Primeiro-ministro surge num momento em que Portugal e outros países do Sul da Europa debatem a necessidade de mão de obra, ao mesmo tempo que procuram gerir o aumento dos fluxos migratórios irregulares.
Montenegro enfatizou ainda a importância de combater ativamente as redes ilegais e as máfias de tráfico de pessoas, que se aproveitam da vulnerabilidade dos migrantes. A mensagem principal do líder português é que o não cumprimento das regras de entrada e permanência deve ter consequências, nomeadamente o regresso à origem, para que a Europa possa ter uma política de imigração justa e eficaz.
O Governo português tem vindo a reforçar esta linha de pensamento internamente, promovendo medidas para acelerar os processos de retorno e distinguir claramente as vias legais de acesso ao país.