O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aterrou em Bruxelas para uma cimeira europeia crucial, sendo imediatamente confrontado com um sinal inequívoco de apoio. António Costa, Presidente do Conselho Europeu, recebeu-o e dirigiu-se publicamente à Ucrânia como um "futuro membro da União Europeia", reforçando o caminho de adesão de Kiev ao bloco.A agenda do dia não se limitou a gestos simbólicos. Costa assegurou que os líderes dos 27 países estavam prestes a dar um "aval político" para garantir o financiamento da Ucrânia nos próximos dois anos, cobrindo as suas necessidades financeiras essenciais até 2027. Embora os detalhes de como o dinheiro será mobilizado ainda estejam a ser definidos pela Comissão Europeia, o foco, segundo Costa, é a mensagem política firme de apoio.
A visita de Zelensky acontece no mesmo dia em que a UE aprovou o seu 19.º conjunto de sanções contra a Rússia, abrangendo novas restrições para minar o financiamento da guerra. O Presidente ucraniano aproveitou a oportunidade para manifestar o seu apreço, agradecendo aos aliados, incluindo os Estados Unidos e a UE, por aplicarem "novas sanções energéticas" que considera vitais.
Numa nota sobre o desenrolar do conflito, Zelensky fez questão de sublinhar a sua posição, afirmando que, embora "todos precisemos de um cessar-fogo" e este "ainda seja possível", a condição para que tal aconteça é a aplicação de "mais pressão sobre a Rússia". O líder ucraniano reforça assim que o caminho para a paz passa pelo estrangulamento económico de Moscovo.