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Adesão Esmagadora na Função Pública Põe Governo Sob Pressão
Publicado em 25/10/2025 07:45
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A Administração Pública testemunha hoje uma "enorme adesão" à greve geral convocada pela Frente Comum, com a CGTP a sublinhar que a paralisação revela a profunda insatisfação da classe trabalhadora face às políticas governamentais. Segundo Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP, a mobilização massiva, que atinge perto de 90% em áreas críticas como a Saúde e a Educação, é um claro indicador de que os trabalhadores estão "prontos para a luta".O dirigente sindical destacou que o descontentamento não se limita a estes setores, estendendo-se à Justiça e à Autoridade Tributária, com escolas a reportar encerramentos totais e a falta de auxiliares a impactar o funcionamento das restantes.

Oliveira aponta o dedo à "política de desvalorização salarial, falta de investimento nos serviços públicos e falta de resposta às questões centrais da vida de cada um" como o motor desta jornada de luta. O Orçamento do Estado para 2026, recentemente entregue, é criticado por "perpetuar uma política de degradação dos serviços públicos", nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde e na Escola Pública.

Para a CGTP, a dimensão da greve é um aviso sério ao Executivo, que apenas se propõe a negociar a valorização salarial da Administração Pública após a apresentação do Orçamento, atitude que demonstra "a falta de compreensão e a falta de noção do que é a vida da maioria dos trabalhadores". Tiago Oliveira não recua na ameaça de uma greve geral, frisando: "Quanto maior for o ataque, maior será a resposta destes trabalhadores. Perante isto, o Governo ou recua nas suas posições... ou todas as formas de luta estão em cima da mesa."

A greve, que coincide com uma paralisação convocada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), visa exigir o aumento dos salários, a valorização das carreiras e uma forte defesa dos serviços públicos.

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