Joana Ramirez, a advogada conhecida nos círculos sociais do Porto como a "advogada do jet set", foi esta semana internada compulsivamente na ala psiquiátrica de uma unidade hospitalar. A decisão, emanada por um juiz do Tribunal do Bolhão, surge na sequência de um episódio chocante na última sessão do julgamento em que é arguida.Segundo relatos, a causídica compareceu em tribunal usando uma máscara de gás e proferiu ameaças graves, afirmando que faria "justiça pelas próprias mãos". O comportamento alarmante motivou a intervenção das autoridades judiciais e a imediata solicitação de uma avaliação médico-psiquiátrica.

O relatório clínico confirmou que Joana Ramirez padece de doença mental e que se recusava a submeter-se a tratamento. Face a esta recusa e ao risco que a sua condição representa para a própria e para terceiros, o Tribunal deliberou o internamento obrigatório, considerando a advogada um perigo iminente.

Ramirez, que tem estado no centro das atenções mediáticas devido a acusações de burla e abuso de confiança por várias famílias, já tinha sido notícia pela sua atuação excêntrica em tribunal. A sua aposta em "desacreditar acusadores" e o seu estilo de vida luxuoso— que lhe valeu a alcunha de "advogada do Porsche"— contrastam agora com a gravidade da sua situação clínica e judicial.

A medida de internamento compulsivo visa garantir a segurança da jurista e de todos os envolvidos no processo judicial. O julgamento, que opõe a advogada a diversas partes lesadas, incluindo uma herdeira que a culpa pela morte de familiares, fica suspenso até que a sua condição clínica permita o reinício dos trabalhos.