A balança comercial portuguesa de bens registou um agravamento no 3.º trimestre de 2025, de acordo com a estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O crescimento homólogo das exportações ficou praticamente estagnado, com um ligeiro decréscimo nominal de 0,1%, enquanto as importações aceleraram e cresceram 5,2%.Esta disparidade entre os fluxos de comércio externo deverá traduzir-se num aumento do défice da balança comercial de bens no período de julho a setembro. O abrandamento da atividade económica nos principais parceiros comerciais de Portugal, nomeadamente na Zona Euro, tem penalizado as vendas ao exterior, enquanto a procura interna e o investimento continuam a impulsionar as compras de bens no estrangeiro.
Destaques dos Dados:
Exportações (Bens): Caíram marginalmente 0,1% (variação nominal homóloga).
Importações (Bens): Aumentaram 5,2% (variação nominal homóloga).
Os analistas sublinham que, apesar do crescimento robusto do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para o trimestre (impulsionado pelo consumo e investimento), a deterioração da contribuição da procura externa líquida (exportações menos importações) coloca um travão no crescimento global da economia.
O INE nota ainda que, excluindo as transações TTE (trabalhos por encomenda sem transferência de propriedade), a quebra nas exportações seria mais expressiva.