A Ordem dos Médicos (OM) expressou hoje uma forte condenação às recentes diretrizes do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que visam a redução de despesas nas unidades hospitalares para o ano de 2026. A instituição classificou a instrução como "profundamente lamentável e miserável", alertando para as consequências graves que esta medida poderá acarretar para os utentes.
Segundo a OM, um corte orçamental nos hospitais, numa altura em que o SNS já enfrenta diversos constrangimentos, tem o potencial de agravar de forma significativa as listas de espera para consultas, cirurgias e outros procedimentos médicos. Além disso, a redução de verbas levanta sérias preocupações sobre a qualidade dos cuidados e a capacidade de resposta dos hospitais, podendo, em última instância, prejudicar diretamente os doentes.
A Ordem dos Médicos apela a uma revisão urgente desta orientação, defendendo que a saúde pública e o bem-estar dos cidadãos devem ser a principal prioridade, rejeitando qualquer tentativa de poupança que comprometa a assistência médica. A posição da OM sublinha o descontentamento da classe médica perante aquilo que considera ser um novo sinal de desinvestimento no setor da saúde.