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ULS de Braga Lança Projeto Inovador para Humanizar Comunicação de Utentes com Dificuldades na Fala
Publicado em 13/11/2025 10:00
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A Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga deu um passo significativo na humanização dos cuidados hospitalares com a implementação do projeto "Comunicar sem Voz". Esta iniciativa vanguardista utiliza a tecnologia para restaurar o direito fundamental de comunicação a pacientes que, devido a condições clínicas como a laringectomia ou a traqueostomia, perderam temporária ou permanentemente a capacidade de falar.

O cerne do projeto reside na convicção de que a incapacidade de se expressar agrava o sofrimento físico e emocional dos utentes. Pacientes que enfrentam a remoção da laringe — muitas vezes devido a tumores malignos — ou que passam por traqueostomias de emergência, veem-se subitamente num estado de medo, angústia e frustração por não conseguirem manifestar as suas necessidades, emoções ou dores, conforme sublinha Sofia Osório, Enfermeira Gestora do Serviço de Otorrinolaringologia da ULS Braga.

Perante as limitações dos métodos tradicionais, como o papel e a caneta, frequentemente impraticáveis para doentes fragilizados, a equipa de enfermagem encontrou uma solução digital. O "Comunicar sem Voz" adota o MagicContact, uma aplicação gratuita de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), desenvolvida pela Fundação Altice em colaboração com entidades parceiras.

Através de tablets, a aplicação já permite que os utentes do serviço de Otorrinolaringologia interajam de forma simples e intuitiva com os profissionais de saúde. A ULS Braga destaca que esta ferramenta "não substitui a voz, mas devolve ao doente algo essencial: a capacidade de participar ativamente nos seus cuidados" e de se sentir, finalmente, compreendido.

O projeto transcende a mera inovação tecnológica, representando um forte compromisso da ULS Braga com a excelência e a humanidade, ao colocar recursos digitais avançados ao serviço de quem mais precisa de se fazer ouvir. A iniciativa reforça a missão da unidade de saúde em prestar cuidados com proximidade, valorizando a comunicação como uma peça central na relação terapêutica.

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