O Conselho de Ministros deu luz verde a um investimento de 11 milhões de euros para garantir a manutenção e gestão da frota de veículos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que conta com cerca de 600 unidades.A decisão surge como resposta direta aos problemas de inoperacionalidade e falta de manutenção adequada que têm afetado os veículos de emergência. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, reconheceu publicamente as deficiências. "Todos já vimos, já lemos e já ouvimos relatos e situações de parte dessa frota automóvel não ter a manutenção desejável e, por isso, estar em situações de inoperacionalidade", afirmou o ministro em conferência de imprensa.
Este investimento plurianual visa estancar os problemas identificados, nomeadamente, por uma auditoria da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) no final de 2024. O relatório da IGAS revelou dados preocupantes: em outubro, dos 524 veículos de emergência, 170 (cerca de 33%) estavam parados em oficina.
Além da elevada taxa de inoperacionalidade, a auditoria destacou a antiguidade da frota. A maioria dos veículos (76,7%) tinha sido matriculada até 2015, o que, devido à utilização intensiva e exigente, tem provocado "constrangimentos operacionais e aumento da despesa pública" com reparações e manutenção frequentes.
Com esta verba de 11 milhões de euros, o Governo pretende assegurar que os veículos do INEM, essenciais para a resposta de emergência no país, recuperem a sua plena capacidade de operação.