O setor da Educação, representado pela Fenprof, anunciou a sua adesão formal à greve geral convocada para a próxima semana. A federação que congrega milhares de professores em Portugal justificou a sua participação como uma forma de protesto contundente contra o que classifica como um "retrocesso civilizacional" em curso no país.Em comunicado divulgado esta quinta-feira, a Fenprof expressa profunda preocupação com a deterioração das condições de trabalho e das políticas sociais que afetam diretamente a escola pública, os profissionais de ensino e, por extensão, o futuro das gerações mais jovens. A federação sublinha que os cortes orçamentais, a precariedade contratual e a desvalorização da carreira docente são sintomas de um problema mais vasto que exige uma resposta unificada.
"Não estamos a falar apenas de reivindicações salariais. A luta é por um modelo de sociedade que proteja os direitos fundamentais, incluindo o acesso e a qualidade da educação para todos. Assistimos a um desmantelamento lento, mas perigoso, dos pilares do Estado Social," afirma o porta-voz da Fenprof.
A adesão dos professores e restante pessoal não docente é vista pelos líderes sindicais como crucial para o sucesso da paralisação, uma vez que o setor da Educação tem sido um dos mais ativos nos protestos dos últimos anos. A Fenprof faz um apelo explícito a todos os profissionais do ensino para que adiram em força à greve, visando não só a defesa das suas profissões, mas também a reversão das políticas que considera prejudiciais para o desenvolvimento cívico e social de Portugal. A expectativa é que a participação dos educadores provoque um impacto significativo no funcionamento das escolas a nível nacional.