A Ordem dos Médicos (OM) manifestou publicamente a sua profunda preocupação em relação à qualidade do acompanhamento prestado às grávidas e parturientes em Portugal, tecendo duras críticas ao novo projeto de lei apresentado pelo Governo.A principal apreensão da Ordem reside na possibilidade de o plano proposto comprometer a segurança e a excelência dos cuidados de saúde materno-infantis, especialmente no que diz respeito à assistência durante o parto.
Segundo a OM, o projeto governamental peca por não garantir as condições necessárias para um acompanhamento contínuo e especializado, que é crucial para detetar e gerir atempadamente complicações que possam surgir tanto na mãe quanto no bebé. A instituição defende que a saúde das grávidas não pode ser alvo de experiências legislativas que possam enfraquecer o papel dos profissionais de saúde com maior especialização na área, nomeadamente os obstetras.
A Ordem apela ao executivo para que reavalie o projeto e promova um diálogo construtivo com as estruturas médicas representativas, de forma a assegurar que quaisquer alterações na legislação garantam, acima de tudo, a qualidade e a segurança que as futuras mães e os recém-nascidos merecem.