Novo Pontífice Ignora o Momento de Recolhimento Silencioso em Direção a Meca, Distanciando-se do Precedente Estabelecido por Bento XVI e Francisco.

ISTAMBUL, Turquia – O Papa Leão XIV, na sua primeira visita a uma mesquita desde o início do seu pontificado, causou surpresa e marcou uma distinção notória face aos seus antecessores. O líder da Igreja Católica entrou este sábado na histórica Mesquita Sultan Ahmed, mundialmente conhecida como a Mesquita Azul, em Istambul, na Turquia, mas optou por apenas realizar uma visita turística, recusando o convite para um momento de oração ou louvor.

A visita, que ocorreu no terceiro dia da sua passagem pela Turquia, incluiu os rituais de respeito exigidos pela cultura islâmica, como a remoção dos sapatos antes de pisar o interior do templo. Leão XIV, de origem norte-americana e peruana, admirou as famosas abóbadas azuis da mesquita enquanto circulava pelas instalações durante cerca de 20 minutos, acompanhado por Ali Erbas, o presidente da Direção de Assuntos Religiosos turca (Diyanet).

Decisão Surpreendente

A expectativa era que o Papa replicasse o gesto de diálogo inter-religioso efetuado tanto por Bento XVI (em 2006) como por Francisco (em 2014), que tiveram momentos de "adoração silenciosa" em frente ao mihrab, o nicho que aponta para Meca.

Contudo, o muezim Askin Musa Tunca, que acompanhava o pontífice, revelou à imprensa que, ao ser questionado se desejava ter um "momento de louvor" ou recolhimento, o Papa Leão XIV respondeu "não, que só queria visitá-la", decidindo não se prostrar nem permanecer em silêncio.

Leão XIV é o quarto Papa a entrar numa mesquita, um marco que remonta a 2001, quando João Paulo II visitou a Mesquita de Damasco. No entanto, a sua decisão de manter a visita estritamente protocolar e não religiosa quebra uma tradição de reaproximação e simbolismo que os seus antecessores haviam cuidadosamente cultivado no coração do mundo muçulmano.

A notícia está reescrita de forma a dar ênfase à novidade da ação do Papa Leão XIV, comparando-a diretamente com o comportamento dos Papas anteriores.