O incidente ocorreu nas primeiras horas da madrugada e classificou-se como um despiste automóvel de alta gravidade numa das principais vias de Lisboa.

A tragédia resultou na morte imediata de seis ocupantes do veículo. O fator mais chocante do sinistro foi o facto de as vítimas terem falecido carbonizadas na sequência do incêndio que deflagrou após o embate. As autoridades estão a investigar se a velocidade excessiva ou outras falhas mecânicas estiveram na origem da perda de controlo da viatura.

O comissário Dinarte Diniz, do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública, confirmou que seis jovens, sendo três mulheres e três homens, faleceram carbonizados após o despiste e subsequente incêndio de um veículo ligeiro na Avenida das Forças Armadas, ocorrido na madrugada de hoje. Segundo a PSP, até ao momento, apenas o condutor e o passageiro da frente foram identificados. Dinarte Diniz sublinhou que as causas do acidente estão a ser investigadas pela Brigada de Investigação de Acidentes de Viação da PSP em colaboração com o Ministério Público, sendo uma das prioridades apurar se o condutor possuía carta de condução, dado que apenas apresentou o cartão do cidadão como documento de identificação. O comissário realçou ainda que o carro estava sobrelotado, transportando seis passageiros — duas pessoas nos bancos da frente e quatro no banco de trás —, o que permite concluir que pelo menos um jovem não estaria a usar o cinto de segurança. O acidente foi presenciado por um agente da PSP que se encontrava de serviço na Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, tendo este alertado de imediato as autoridades. O agente relatou que, após o embate no passeio que projetou a viatura para o parque de estacionamento, “foi tudo muito rápido” e o carro já estava a arder quando chegou ao local, acionando de imediato os meios de emergência que chegaram minutos depois. No local, na zona de Sete Rios, estiveram presentes elementos da PSP, do INEM, médicos do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) e bombeiros. Por fim, Dinarte Diniz indicou que existem informações de que os jovens poderiam ser todos amigos e confirmou que alguns familiares já se encontram no INML.