Apesar de um início marcado pela corrida aos apoios na primeira fase do Programa E-lar, que viu 21.662 candidaturas serem validadas, a utilização dos vouchers para a compra de eletrodomésticos (placas e fornos elétricos) está significativamente aquém do esperado. A poucos dias de se iniciar um novo período de candidaturas, apenas 33% dos vales foram efetivamente trocados por equipamentos.O programa, que visa o combate à pobreza energética, irá receber um reforço de 60,8 milhões de euros na sua segunda fase. O aviso oficial é publicado hoje, mas os novos interessados terão de aguardar até ao dia 11 de janeiro para submeterem os seus pedidos.
Os dados do Ministério do Ambiente e Energia revelam que, de 21.662 candidaturas validadas, apenas 7.255 vouchers foram utilizados, representando um financiamento de 17,3 milhões de euros. Esta baixa taxa de utilização preocupa, uma vez que os primeiros beneficiários, que viram a sua candidatura aprovada há cerca de dois meses, estão a ver o prazo limite de 60 dias para a utilização do vale a esgotar-se.
Detalhando a utilização, 3.063 dos vales foram aproveitados por consumidores com direito à tarifa social de energia, enquanto 4.192 foram usados por beneficiários pertencentes à classe média sem apoios sociais diretos. Este cenário sugere que a rapidez inicial na submissão das candidaturas não se refletiu na celeridade da compra e instalação dos novos equipamentos elétricos.