A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) reafirmou este sábado a sua determinação em levar a cabo a Greve Geral no próximo dia 11 de dezembro, antecipando uma adesão massiva e um "forte impacto" em setores cruciais como a saúde, a educação e os transportes.Embora a greve geral tenha sido convocada conjuntamente pela CGTP e pela UGT, os sindicatos que a compõem estão a garantir que os serviços mínimos exigidos por lei sejam cumpridos, sobretudo em áreas essenciais. A central sindical liderada por Tiago Oliveira tem vindo a intensificar a mobilização, com plenários e concentrações em todo o país, como parte do protesto contra o chamado "Pacote Laboral" (ou "Trabalho XXI") proposto pelo Governo.

Em comunicado, a CGTP endureceu o seu discurso, classificando a recente abertura negocial do Governo como uma "falácia", uma vez que as medidas propostas, como o reforço do poder unilateral das entidades empregadoras e a fragilização da negociação coletiva, representam um "retrocesso social e laboral" que ataca os direitos fundamentais dos trabalhadores. A greve visa, portanto, a rejeição integral do pacote e a exigência de aumentos salariais e mais direitos.