A Junta de Freguesia da Amadora Denuncia "Negócio Paralelo" de Uso Indevido de Moradas por Imigrantes e Passa a Exigir Atendimento em Português
A Junta de Freguesia da Venteira, na Amadora, uma das zonas com maior concentração de imigrantes, sobretudo de comunidades indostânicas (Índia, Paquistão, Bangladesh, etc.), veio a público denunciar um "negócio paralelo" que envolve o uso indevido de moradas de casas para imigrantes obterem certificados e atestados de residência.
O presidente da Junta, João Pica, revelou ter tido várias reuniões com proprietários "às centenas" que se depararam com a sua morada a ser usada por terceiros sem o seu conhecimento para efeitos de documentação junto da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo). Esta situação é facilitada pela possibilidade de uma pessoa poder testemunhar várias vezes a residência de outrem.
Como medida de controlo, o autarca determinou que os atendimentos passem a ser feitos exclusivamente em português, obrigando os imigrantes a levarem tradutores. Embora negando qualquer atitude discriminatória, a medida visa evitar "erros de interpretação" e dificultar as práticas fraudulentas. Uma nova queixa detalhada sobre o caso e outras irregularidades foi anunciada para ser enviada ao Ministério Público.