A Greve Geral de 11 de dezembro de 2025 dominou o panorama noticioso nacional, tendo sido convocada pela CGTP/UGT para protestar veementemente contra o anteprojeto de revisão do Código do Trabalho proposto pelo Governo, que inclui mais de uma centena de alterações contestadas pelos sindicatos. Estes apontam as propostas como um "retrocesso social" que visa aumentar a precariedade, facilitar o despedimento e reduzir direitos, como a compensação por cessação de contrato e os direitos de parentalidade.O impacto da paralisação foi particularmente sentido nos Transportes, onde a circulação de comboios da CP e os serviços aéreos da TAP registaram uma paralisação quase total ou o cancelamento de centenas de voos, respetivamente. Nos serviços públicos, a adesão foi forte, com escolas e hospitais a funcionarem com serviços mínimos, levando ao cancelamento de milhares de consultas e cirurgias não urgentes.
Contudo, o dia foi marcado pela controvérsia sobre a dimensão da adesão. Enquanto o Governo, através do Ministro da Presidência, classificava a greve como "inexpressiva", a CGTP e os sindicatos envolvidos reivindicavam uma adesão massiva de milhões de trabalhadores. A jornada culminou numa grande manifestação em Lisboa, com milhares de pessoas reunidas no Rossio para repudiar as propostas do executivo e exigir o diálogo.
