Uma mulher foi violentamente agredida em Machico, na Madeira, num episódio que acabou por ser filmado por câmaras de videovigilância e presenciado pelo filho de apenas nove anos. O caso ganhou dimensão nacional depois das imagens terem sido divulgadas.
Segundo o ex-superintendente da PSP Carlos Bastos Leitão, já reformado, não houve presença policial imediata no local das agressões. Foi a própria vítima que, após receber alta hospitalar, retirou o cartão de memória com as gravações e apresentou queixa na esquadra da PSP. Esse atraso acabou por justificar o intervalo de tempo entre o momento da agressão, ocorrida na madrugada de segunda-feira, e a detenção do agressor.
Na sequência da denúncia formal, a PSP emitiu na terça-feira à tarde um mandado de detenção. O suspeito acabou por ser localizado e detido numa casa de familiares, onde se tinha refugiado por receio de represálias. O processo foi de imediato encaminhado para o Ministério Público, que ficou encarregado da investigação.
O antigo dirigente da PSP garante que, do ponto de vista legal, todos os procedimentos foram cumpridos, embora critique o “alarme público” gerado com a detenção para interrogatório apenas no dia seguinte.
O caso continua agora em fase de investigação judicial, sendo aguardadas novas diligências para apurar responsabilidades e circunstâncias da agressão.