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Eurovisão em Crise: Participação de Israel Desencadeia Abandono de Quatro Países Espanha lidera boicote em protesto; Portugal mantém voto favorável e presença no concurso
Publicado em 06/12/2025 10:00
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A edição do Festival Eurovisão da Canção 2026 está marcada por uma profunda divisão e controvérsia geopolítica. A decisão de permitir a participação de Israel na competição, apesar dos apelos ao boicote devido ao conflito na Faixa de Gaza, levou a um êxodo de quatro países, com a Espanha a assumir-se como a nação mais proeminente a abandonar o evento.Para além de Espanha, outros três países (cujos nomes ainda não foram totalmente confirmados, mas que se especula serem de minorias nórdicas e um dos Bálcãs) anunciaram a retirada das suas candidaturas. Esta decisão surge como um ato de protesto contra o que consideram ser uma incoerência na política da União Europeia de Radiodifusão (EBU), que organiza o concurso. O argumento central dos países que abandonaram o evento é que a EBU não aplicou o mesmo rigor que usou para suspender a Rússia após a invasão da Ucrânia.

Por outro lado, Portugal votou a favor da manutenção de Israel no concurso e confirmou que a sua participação no evento não será afetada. A delegação portuguesa argumenta que a Eurovisão deve permanecer um palco para a música e não ser politizada, mantendo assim a tradição de separar a arte da política externa.

A EBU defendeu a sua decisão, afirmando que o concurso é uma competição entre canais de televisão públicos – e não entre governos – e que a estação israelita cumpriu todas as regras. Contudo, o futuro e a imagem do festival de música mais popular da Europa são agora ensombrados por este cisma político sem precedentes.

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