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NATO promete “resposta devastadora” à Rússia se invadir Ucrânia: Zelensky recusa abdicar da adesão
Publicado em 18/12/2025 18:02
International
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O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, descartou esta quinta-feira a adesão imediata da Ucrânia à Aliança devido à oposição de alguns aliados, mas deixou um aviso claro à Rússia: qualquer nova agressão será enfrentada com uma resposta devastadora.

Falando em Orzysz, no norte da Polónia, Rutte sublinhou que, embora o caminho da Ucrânia para a NATO seja considerado irreversível, obstáculos práticos — incluindo a recusa de Hungria e EUA em dar consentimento — tornam a entrada impossível sem unanimidade.

Para garantir a segurança ucraniana, Rutte delineou um sistema de três camadas de proteção: as próprias forças armadas da Ucrânia, uma “coligação de voluntários” liderada por França e Reino Unido, e um terceiro nível envolvendo os EUA, cujo formato ainda está em debate.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reafirmou a determinação do país: “Não vou mudar a minha Constituição só porque isso é o que a Rússia quer”, insistindo que a adesão à NATO continua a ser um objetivo constitucional. Zelensky admitiu que os EUA, sob a atual administração de Donald Trump, não apoiam a entrada da Ucrânia “por agora”, mas destacou que a política internacional é dinâmica e pode mudar.

As negociações sobre segurança e um eventual plano de paz vão prosseguir a partir de sexta-feira, envolvendo delegações ucranianas e norte-americanas, seguidas de conversações com Moscovo.

No mesmo dia, Rutte visitou o Centro de Treino de Campo das Forças Terrestres em Orzysz, sede do Agrupamento Tático Multinacional da NATO, composto por tropas da Polónia, Roménia, Croácia, EUA e Reino Unido. O ministro da Defesa polaco anunciou que as baterias de defesa antiaérea Patriot da Polónia atingiram plena operacionalidade, um marco histórico, e que o país continuará a apoiar a segurança da Lituânia no estratégico corredor de Suwalki, incluindo possíveis manobras conjuntas.

 

A visita de Rutte incluiu ainda um encontro com o presidente polaco, Karol Nawrocki, que agradeceu o reconhecimento da contribuição significativa da Polónia para a segurança comum na NATO.

Fonte: Jornal de Noticias / Imagem euronews

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