O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, chegou este sábado de manhã a Kiev para uma visita oficial de um dia à Ucrânia, que inclui um encontro com o Presidente Volodymyr Zelensky. À chegada à capital ucraniana, pouco depois das 8h locais (6h em Lisboa), o chefe do Governo sublinhou o “significado especial” da deslocação a um país em guerra e afirmou levar consigo uma mensagem clara de apoio e solidariedade do povo português.
Em declarações aos jornalistas na estação ferroviária de Kiev, Montenegro destacou que a visita não visa anúncios, mas sim reafirmar um apoio que Portugal mantém “desde o primeiro minuto” da invasão russa. O primeiro-ministro frisou que Portugal tem estado ao lado da Ucrânia de forma continuada, tanto a nível bilateral como no quadro europeu e atlântico.
A deslocação acontece dois dias após o Conselho Europeu ter aprovado um pacote de apoio de 90 mil milhões de euros à Ucrânia, decisão que Montenegro classificou como “um sinal muito forte” da unidade europeia. Portugal, garantiu, acompanhou e apoiou essa posição, reforçando o compromisso político, financeiro, militar e humanitário.
O primeiro-ministro reconheceu que a Ucrânia atravessa um momento particularmente exigente e necessita de apoio financeiro, lembrando que Portugal tem contribuído em várias áreas, desde a ajuda humanitária e social até ao apoio político e militar. Sublinhou ainda a forte ligação entre os dois países, recordando as dezenas de milhares de ucranianos que vivem em Portugal e a forma como foram acolhidos e integrados.
Luís Montenegro destacou também o consenso alargado existente em Portugal quanto ao apoio à Ucrânia, tanto a nível político como na sociedade civil, considerando que existe uma partilha profunda com o sofrimento do povo ucraniano.
Esta é a primeira visita de Luís Montenegro à Ucrânia desde que assumiu funções como primeiro-ministro, em abril de 2024. O governante manifestou expectativa de encontrar, junto das autoridades ucranianas, a mesma capacidade de resistência que tem marcado a luta do país e reiterou o compromisso de Portugal no esforço conjunto da União Europeia, da NATO e da chamada “coligação da boa vontade”, com vista à paz e à segurança na Europa.
Fonte: Lusa