O processo de violência doméstica que envolvia um bombeiro do concelho de Machico, na Madeira, foi suspenso depois de a vítima ter manifestado vontade de não avançar com o procedimento criminal. A mulher afirmou ao tribunal que a agressão terá sido um episódio isolado e explicou que o casal apenas não retomou a relação devido à medida judicial que proíbe contactos entre ambos.

De acordo com informações divulgadas pelo Diário de Notícias da Madeira, a vítima enviou uma comunicação ao Juízo de Instrução Criminal do Funchal onde garantiu que, antes do ocorrido, o arguido nunca tinha demonstrado comportamentos violentos, nem para com ela nem para com o filho de ambos. No mesmo sentido, o bombeiro também solicitou a suspensão do processo.

Face a estes pedidos, a juíza decidiu suspender o caso, impondo como condições que o arguido se submeta a tratamento para problemas relacionados com o álcool e frequente um programa de prevenção da violência doméstica.

Recorde-se que, em outubro, o Ministério Público tinha acusado o bombeiro de dois crimes de violência doméstica agravada, alegadamente cometidos contra a mulher e o filho menor do casal. Os factos remontam a agosto, quando o homem terá ido à casa onde as vítimas residiam e ocorrido um episódio de agressão, na presença da criança.

O arguido chegou a estar em prisão preventiva e, mais tarde, ficou sujeito a vigilância eletrónica, no âmbito da revisão das medidas de coação. O caso ganhou grande repercussão pública depois de imagens captadas por videovigilância terem circulado nas redes sociais.

 Apesar de vários recursos apresentados pela defesa, incluindo um pedido de habeas corpus, as decisões judiciais anteriores mantiveram-se até à recente suspensão do processo, agora dependente do cumprimento das condições impostas pelo tribunal.

Fonte Lusa