A seguradora Fidelidade anunciou esta terça-feira a criação de uma comissão técnica independente para garantir que as indemnizações às vítimas do acidente do Elevador da Glória, que provocou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos, sejam processadas de forma célere, transparente e justa.

Em comunicado, a empresa, que assegura a Carris, sublinha que a dimensão da tragédia exige não apenas respostas rápidas no dia a dia, mas também uma solução externa que assegure confiança às vítimas e às suas famílias, em Portugal e no estrangeiro.

A nova comissão vai avaliar os danos pessoais resultantes do acidente e validar as propostas de indemnização apresentadas pela Fidelidade. É presidida por Duarte Nuno Vieira, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e especialista em avaliação do dano corporal, e integra ainda Ricardo Barroso, em representação da Ordem dos Psicólogos, e Filipe Albuquerque Matos, professor de Direito na Universidade de Coimbra.

Segundo a seguradora, este organismo terá total liberdade para solicitar informações e analisar os processos, emitindo recomendações fundamentadas. Embora a decisão final caiba à Fidelidade, a empresa compromete-se a seguir essas orientações para reforçar a transparência e a confiança no processo.

O acidente ocorreu a 3 de setembro, quando o Elevador da Glória, gerido pela Carris, descarrilou em Lisboa, provocando vítimas mortais e feridos de várias nacionalidades. As causas estão ainda a ser investigadas.