A entrada de vários drones russos no espaço aéreo da Polónia, abatidos por caças da NATO, está a gerar diferentes interpretações no Ocidente. Não se sabe ainda se a incursão foi acidental ou uma ação deliberada de Moscovo para testar as defesas aéreas da aliança.

Serviços secretos americanos e europeus admitem que os indícios são contraditórios: o padrão de voo pode indicar falha técnica ou interferência eletrónica, mas também pode revelar uma estratégia para sondar a reação da NATO.

Enquanto a Ucrânia, a Polónia e alguns países europeus consideram que a invasão foi intencional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que poderia ter sido um erro — declaração que lhe valeu críticas do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

Especialistas alertam que, mesmo que não tenha sido intencional, o episódio mostra que a Rússia está mais disposta a correr riscos que podem escalar para um confronto direto.

A Ucrânia teme ainda que o incidente leve a que sistemas de defesa aérea sejam desviados para reforçar os aliados da NATO, em vez de serem enviados para o seu território.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, classificou a situação como “imprudente e perigosa” e garantiu que a avaliação continua em curso.