O Sindicato Nacional da Indústria e Energia (SINDEL) anunciou que vai procurar estender a outras empresas de transporte e entregas o acordo de proteção laboral que selou esta semana com a Uber e a Uber Eats. O objetivo é negociar um Memorando de Entendimento semelhante com plataformas como a Glovo e a Bolt, visando garantir direitos básicos aos motoristas e estafetas.O acordo assinado com a Uber é considerado "histórico" e estabelece que os trabalhadores das plataformas passem a ter direito ao Salário Mínimo Nacional, bem como a um seguro especial que oferece cobertura em caso de morte ou incapacidade temporária.
Em declarações ao JN, o secretário-executivo do SINDEL mostrou-se confiante na adesão das restantes plataformas, argumentando que o protocolo é "benéfico para eles [as empresas] e para os trabalhadores".
O Sindicato vê este passo como uma oportunidade para que os trabalhadores, além de se poderem sindicalizar, possam aceder a "certos benefícios que seriam impensáveis há um tempo atrás", marcando uma mudança significativa na precária relação laboral típica da chamada gig economy.