Metrobus é "Questão de Dias", Garante Presidente da Câmara do Porto
O projeto do Metrobus do Porto está finalmente a chegar a uma fase de resolução, após longos meses de impasses. O presidente da Câmara Municipal do Porto, Pedro Duarte, anunciou esta sexta-feira que a autarquia recebeu a versão final do memorando de entendimento, o documento crucial que viabiliza o funcionamento do novo serviço de transporte.
Pedro Duarte revelou ter recebido o texto final, consensualizado entre a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e a Metro do Porto, na quinta-feira ou nos dias anteriores, e mostrou-se "agradado" com o conteúdo. A assinatura deste acordo quadripartido – que envolve o Estado, o Município do Porto, a Metro do Porto e a STCP – é agora uma questão de "curto prazo", segundo o autarca.
"Acho que já ninguém na cidade do Porto tolera que esta novela do metrobus se prolongue. [...] Acredito que agora é uma questão de dias," afirmou Pedro Duarte.
Apesar de referir que a Câmara concorda no "essencial" com o memorando, a equipa técnica está a "avaliar tecnicamente alguns detalhes" antes da formalização. O presidente sublinhou a importância de "avançar e a cidade não ficar parada", elogiando o alinhamento de propósitos com o atual Conselho de Administração da Metro do Porto.
O avanço na conclusão deste dossiê é visto por Pedro Duarte como o cumprimento de um compromisso eleitoral para resolver problemas que se arrastam.
Ultrapassados Impasses e Preocupações
A assinatura do memorando surge após um período de tensão, no qual o anterior presidente, Rui Moreira, havia expressado preocupação por o documento não acautelar as responsabilidades da Metro do Porto em caso de inviabilidade do projeto.
Paralelamente, o projeto recebeu outros avanços técnicos importantes:
Veículos Homologados: O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) já homologou os autocarros a hidrogénio que serão utilizados.
Ensaios Dinâmicos: A Metro do Porto confirmou que estão a decorrer os testes em circulação dos veículos.
Traçado em Avaliação: Questões logísticas, como a inversão de marcha no topo da Avenida da Boavista (inicialmente considerada "inviável" pela STCP, mas testada pela Metro), continuam a ser geridas para garantir o serviço sem congestionamentos.
O Metrobus do Porto será um serviço rápido de autocarros a hidrogénio, ligando a Casa da Música à Praça do Império e, posteriormente, à Anémona, com tempos de viagem de 12 e 17 minutos, respetivamente. O investimento total na infraestrutura e nos veículos ascende a mais de 105 milhões de euros.