O primeiro-ministro, Luís Montenegro, convocou para esta quinta-feira, em Viseu, um Conselho de Ministros extraordinário com o objetivo de aprovar medidas de apoio às populações atingidas pelos incêndios florestais.

Desde julho, Portugal continental enfrenta incêndios de grande dimensão, sobretudo no Norte e no Centro, que já causaram três mortos — incluindo um bombeiro —, vários feridos graves e a destruição de habitações, explorações agrícolas e áreas florestais.

A vítima mais recente foi um homem de 65 anos que morreu na terça-feira à noite, em Mirandela, ao ser atropelado por uma máquina de rasto usada no combate às chamas. Montenegro apresentou condolências à família, sublinhando o “esforço inexcedível” dos operacionais no terreno.

A gestão do Governo tem sido criticada pela oposição, que aponta a realização da Festa do Pontal do PSD em plena vaga de incêndios. José Luís Carneiro acusou o primeiro-ministro de estar desligado do país e André Ventura defendeu que “Montenegro foi eleito para governar e não para fazer festas”. Também a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, tem sido criticada pela falta de esclarecimentos sobre falhas operacionais.

O Presidente da República considerou que “nem sempre quem está em sufoco consegue dar respostas imediatas à opinião pública”. Entretanto, Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, tendo recebido dois aviões Fire Boss.

Até 20 de agosto, arderam já mais de 222 mil hectares, ultrapassando a área total de 2024.