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Choque Climático: EUA Confirmam Ausência de Alto Nível na COP30, Colocando em Risco Agenda Global do Clima
Publicado em 02/11/2025 07:30
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Washington/Belém – 1 de novembro de 2025Os Estados Unidos anunciaram formalmente que não enviarão representantes de alto nível para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, Brasil. A decisão, confirmada por um funcionário da Casa Branca, assinala um novo revés na cooperação climática global e reafirma o posicionamento cético do governo Trump face à agenda ambiental internacional.

A confirmação surge depois de meses de especulação e de movimentos internos, como o encerramento do gabinete de diplomacia climática do Departamento de Estado e a demissão da respetiva equipa. Segundo fontes em Washington, o Presidente Donald Trump considera que a sua posição sobre a ação climática foi "suficientemente esclarecida" no recente discurso perante a Assembleia Geral da ONU, não justificando o envio de uma delegação de topo para as negociações no Brasil.

A ausência dos EUA, uma das maiores economias e um dos principais emissores de gases com efeito de estufa do mundo, é vista por analistas como um duro golpe nas ambições da cimeira e um fator de desmotivação para o financiamento climático destinado a países em desenvolvimento. A decisão ecoa a retirada inicial do país do Acordo de Paris e cimenta a política da atual administração de priorizar os combustíveis fósseis em detrimento da transição energética.

Em Belém, onde o Brasil se prepara para receber líderes mundiais na cimeira pré-COP, a notícia foi recebida com desapontamento. Apesar disso, a CEO da COP30 já havia declarado que o evento está preparado para todos os cenários, mas a ausência de Washington levanta sérias questões sobre a capacidade de alcançar consensos ambiciosos nas negociações.

Especialistas alertam que a lacuna deixada pelos EUA poderá ser explorada pela China, que tem procurado preencher o vazio de liderança na política climática. A comunidade internacional aguarda agora as reações dos outros grandes blocos e a forma como o Brasil, como país anfitrião, irá gerir este desafio diplomático crucial.

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