MENU
Portugal precisa de reforçar Forças Armadas e investir 67 mil milhões em Defesa
Publicado em 09/12/2025 08:48
Nacional
RÁDIO FESTIVAL
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas afirmou que Portugal precisa de mais cerca de oito mil militares para atingir o efetivo legal de 32 mil elementos, podendo chegar aos 36 mil nas próximas duas décadas, devido ao aumento das exigências tecnológicas e operacionais.

Em entrevista ao Público, o general José Nunes da Fonseca alertou para a falta de defesas antiaéreas eficazes a médias e altas altitudes, admitindo que o país está vulnerável neste domínio, tal como acontece com a maioria dos países da NATO e com a própria Ucrânia.

O oficial explicou que, nas próximas duas décadas, serão necessários cerca de 67 mil milhões de euros apenas para equipamento militar, o que corresponde a um investimento médio anual de 3.500 milhões de euros. A atual Lei de Programação Militar cobre apenas cerca de metade das necessidades reais das Forças Armadas.

Atualmente, Portugal tem cerca de 800 militares em missões no estrangeiro, número que pode ultrapassar os 1.200 em determinados períodos. Ao longo deste ano, mais de três mil militares portugueses passaram por teatros de operações externos.

O general defendeu ainda o regresso da educação para a Defesa nos programas escolares e considerou essencial reforçar nos jovens o sentido do dever de defender o país, num contexto em que se discute a eventual reintrodução do serviço militar obrigatório.

Entretanto, o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, anunciou que Portugal vai apostar na aquisição de fragatas, reforço da artilharia, produção de munições, drones, satélites e sistemas antiaéreos, no âmbito da candidatura ao programa europeu SAFE, que prevê um apoio de 5,8 mil milhões de euros em empréstimos para a área da Defesa.

Fonte: Lusa

 

Comentários